domingo, 14 de setembro de 2008

55.

Pequeno poema

Quando eu nasci,
ficou tudo como estava,
Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais...
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.

Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.

As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém...

P'ra que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe...

Sebastião da Gama

4 comentários:

paulo disse...

um poema belíssimo, intemporal! sobretudo, se for para comemorar alguma coisa. abraços

Anónimo disse...

Gostei. Não conhecia o poema.
Beijos
Cláudia

rjr disse...

Muito bonito!

~pi disse...

belo.

parabéns!! :))



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